quinta-feira, 17 de março de 2016

Myrkur e Deafheaven- 4 de Março de 2016 em Lisboa

É um desafio auto-proposto escrever num blog em que o objectivo principal é dar voz aos meus interesses nos diversos campos da cultura que, na prática, são principalmente 3 (música, cinema e literatura). Maior desafio é escrever acerca de um concerto. Por um lado, isso nota-se pois publiquei este post quase duas semanas depois de ter assistido ao concerto. Por outro lado, por pôr em primeiro lugar o nome da banda de abertura, por ter sido a razão pela qual comprei o bilhete com meses de antecedência. Nunca tendo reflectido muito sobre os concertos a que assisti, até porque no último ano a poucos fui, decidi começar por escrever sobre este. Até porque um dos aspectos que mais me saltou
à vista foi anterior ao referido concerto, havia mais fãs a comprar LPs' em vinil dos artistas que discos ou até T-Shirts, o que é um aspecto curioso dado o declínio e potencial extinção que se anuncia sempre da indústria discográfica.

Myrkur, o nome de abertura (que para todos os efeitos é o nome de palco da vocalista e compositora), iniciou e concluiu o set no piano, tendo por apoio uma banda competente que conseguiu puxar pelo público e reproduzir fielmente as músicas gravadas em estúdio,dando-lhes a intensidade e potência que se exigia das mesmas. A intensidade da vocalista é inegável, que tão depressa passava de anjo a demónio, como vice-versa. Dado que fui a este concerto para assistir a esta artista em particular, é-me difícil destacar temas que tenha preferido, dada a fluidez do set, mas Onde Born, Drybt Y Skoven
ficam como os temas que preferi.

Deafheaven começaram o seu set com alguns problemas de som que, pelo 3º tema já não se notavam, sendo que apesar dos referidos problemas a entrega de Michael Clarke companhia à música deste grupo pôs o  público a mexer. Este vocalista, que muitas vezes se comporta em palco como se fosse apenas um fã a apreciar o som intenso e rasgado da banda,  incitou o público ao moche e ajudou ao crowd-surfing o que fez com que a intensidade do concerto se mantivesse do princípio ao fim. Destaque
para BabyBlue e Dreamhouse que finalizou a noite.

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