Assombrado, é assim que começa este album, com "Eater of Dreams", uma sensação de desconforto que é retomada na última faixa "Black Noise". A verdade é que, salvo "Everything", todas as músicas mantém um lado negro típico de Nine Inch Nails, mas com uma sensibilidade pop que nunca lhes havia notado até então (tendo só ouvi na íntegra "With Teeth", "The Fragile", "Year Zero" e "Downward Spiral",e apenas fragmentos dos restantes).
Tendo testemunhado um excelente concerto ao vivo no Coliseu de Lisboa há vários anos, do qual recordo com mais nitidez "Hurt" e "We're in this together", que me marcaram, a par da formação que acompanhava Trent Reznor na altura: Aaron North na guitarra, Jeordie White no baixo,
Alessandro Cortini nas teclas e Josh Freese na bateria (um dos bateristas mais versáteis do mundo rock e metal, na minha opinião).
Este disco, é sem dúvida, o disco de Nine Inch Nails pelo qual esperei desde que os comecei a ouvir. É o melhor casamento entre a música industrial e pop-rock que o colectivo, na maior parte dos casos de um homem só, conseguiu em toda a sua carreira. E certamente, o mais fluído.

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