quinta-feira, 30 de julho de 2015

Um contra muitos? (Pat Metheny Unity Band)


O primeiro disco que ouvi de Pat Metheny foi The way up, na prática uma música que se estende por cerca de 68 minutos, com raros momentos mortos apesar do seu tamanho.

Unity Band, apresenta uma formação diferente de músicos e um formato de disco composto por vários temas, em vez de um. No entanto,
o incrível impacto dos três primeiros temas: o (quase) sensual New Year, o animado (quase rock) Roofdogs e o tenso mas libertador Come and See; dissipa-se logos no seguintes. Apenas com o Signal (Orchestrion Sketch) recupera-se alguma da energia inicial (o tema mais longo do album) que se mantém até ao fim.
Dos músicos, destaca-se o som particularmente quente de Bill Stewart (contrabaixo),
a precisão e energia de Antonio Sanchez (baterista) e a flexibilidade
de Chris Potter que alternando entre sax tenor, soprano e clarinete
baixo ilumina os temas, de forma diferente, adaptando-se com
facilidade ao que cada tema exige(nomeadamente em Come and See e New Year).
Pat Metheny brilha tanto em solos como nos acompanhamentos, assim como nas composições.

Porquê a comparação a um disco completamente tanto em formato como em composição, como The Way Up? Para além de ter sido o único termo de comparação que possuo ao nível de albuns completos deste guitarrista,  a fluidez em Unity Band parece faltar, algo que em The way up se mantém, independentemente do mérito dos músicos particpantes da qualidade dos temas acima destacados.

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